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domingo, 21 de outubro de 2012

INGLATERRA - PANFLETO DO SOCIALIST FIGHT NA MARCHA DE 20/10/2012

Pela vitória dos mineiros sul africanos em greve! Nenhuma ilusão nos que buscam tornar mais tolerável o ajuste! Que o Congresso dos Sindicatos (TUC)  convoque uma greve geral por tempo indeterminado!

Os mineiros grevistas da África do Sul são hoje a vanguarda do proletariado internacional. O massacre brutal e pré-planejado dos 34 mineiros em 16 de agosto é uma manifestação aguda da crise internacional do capitalismo. Todos os trabalhadores com consciência de classe do planeta tem o dever de apoiar e trabalhar para a vitória desses grevistas porque eles estão lutando não apenas para o futuro da classe operária sul africana, mas pelo futuro de todos nós.
A crise mundial do capitalismo continua a se aprofundar, a crise da dívida grega e da soberana europeia continua se agravando. Vários países da área do euro não pode pagar ou refinanciar sua dívida pública sem deixar de tornar-se reféns da temida troika: o FMI, UE e BCE.
As dívidas dos especuladores e bancos de propriedade bursáteis foram transferidas para o saldo bancário nacional e assim a crise se tornou uma crise da dívida soberana que agora ameaça a solvência de nações inteiras e a sobrevivência do euro e da própria União Europeia. Isto tem consequências globais, ameaçando rivalidades inter-imperialistas como as que vimos antes das Primeira e da Segunda Guerra Mundial.
Isto tem consequências desastrosas para a classe trabalhadora e para a população pobre grega, restaurantes precários surgem em toda parte. A verdadeira pobreza e a fome reaparecem na Europa pela primeira vez desde o fim da Segunda Guerra Mundial. A Grécia mostra a todos o futuros que teremos sob este sistema capitalista podre e em crise.

INGLATERRA - PANFLETO DO SOCIALIST FIGHT 20/10/2012

Victory to the South African Striking Miners!
Enough of the bogus “protecting frontline services”, and “cuts too far too fast”!
TU leaders must fight for needs budgets!TUC: Call an indefinite General Strike!

The striking miners of South Africa are the vanguard of the international proletariat. The brutal and pre-planned massacre of the 34 miners on 16th August is a sharp manifestation of the International crisis of capitalism. Every class conscious workers on the planet has a duty to support and work for the victory of these strikes because they are fighting not just for the future of the South African working class but for all our futures.
The world crisis of capitalism continue to deepen; the Greek and European sovereign debt crisis continues to worsen, several countries in the euro area cannot repay or re-finance their government debt without the assistance of the dreaded troika, the IMF, EU and ECB.
The debts of speculators and banks from property bub-bles were transferred to the national bank balance and so the crisis became a sovereign debt crisis which is now threatening the solvency of whole nations and the survival of the Euro and the European Union itself. This has global consequences, threatening inter-Imperialist rivalries the like of which we saw before WWI and WWII.
This has had dire consequences for the Greek working class and poor, food kitchens have sprung everywhere and real poverty and hunger has begun to reappeared in Europe for the first time since the end of WWII. Greece shows us all our futures under this rotten and crisis-ridden capitalist system.
It is already apparent that a severe housing crisis is developing in Britain, the NHS is being totally privatised and local councils are about to be reduced to being the paymasters of privatised and decimated local services. Tory Barnet council is pioneering US-style total privatisation of services. Chancellor Ed Balls told the Guardian, “The public want to know that we are going to be ruthless and disciplined in how we go about public spending”. And at the Labour Conference, “we cannot make any commitments now that the next Labour government will be able to reverse particular tax rises or spending cuts.”
Following the terrible Marikana Massacre on 16 August on Monday 15 October the crisis in South Africa’s mining sector worsened when talks between the Chamber of Mines and trade unions failed and the strike wave spread. “The situation is grave,” Willie Jacobsz, head of investor relations at Gold Fields told the Financial Times. “All of Gold Fields’ South African mines, with the excep-tion of the developing South Deep, are now engaged in illegal strike action, putting thousands of jobs at risk and increasing the likelihood of major restructuring.”

sábado, 6 de outubro de 2012

CARTA AOS LEITORES

Ganhe quem ganhar,

não fará igual, fará pior!

Votar Nulo, por um partido

revolucionário dos trabalhadores!


Parafraseando a música do grupo Titãs (1), ganhe quem ganhar estas eleições, alertamos: os próximos ou reeleitos não farão igual aos atuais governos. Farão pior! Trata-se de exigências da economia: aplicar os “planos de austeridade” para tornar a economia brasileira mais “competitiva” (2), arrochar ainda mais os salários para baratear a mão de obra, realizar a famigerada reforma trabalhista “por baixo” via Acordo Coletivo Especial com o apoio das centrais pelegas e governistas, desonerar ainda mais a carga tributária para o empresariado e aumentar os custos dos serviços utilizados pela população trabalhadora como o do transporte público; aumentar a coerção social contra trabalhadores de rua e sem tetos, o efetivo policial e o poder repressivo das guardas municipais; agilizar a privatização da saúde e os despejos (por incêndios criminosos ou repressão policial) dos que já vivem em precárias condições de moradia, realizar mais privatizações e todas as maracutaias que envolvem a preparação do terreno para a realização da Copa e da Olimpíadas, etc. Por tudo isto, os prefeitos novos ou reeleitos exercerão uma opressão maior do que já exercem os atuais, independentemente de seus partidos.

Se já não deveríamos acreditar nas promessas dos candidatos de que a vida melhorará após estas eleições, poderemos ter a certeza, ela piorará. Sob o tacão de Serra, Haddad ou Russomano, a vida do trabalhador da maior cidade do Brasil piorará. No Rio de Janeiro, com Paes ou mesmo com Freixo, piorará. Este último, prefeiturável do PSOL, reivindica maior intervenção policial nos bairros cariocas, mesmo como candidato já reconhece que cortará salário de funcionários grevistas e não se opõe ao despejo que sofrem os moradores do Horto; não por acaso é apoiado por setores do PSDB e PDT. Anotem aí os leitores, os prefeitos que porventura forem eleitos pelo PSOL, como Freixo ou Edmilson Rodrigues, reprimirão trabalhadores, aumentarão passagens e despejarão sem tetos. Edmilson não fará igual aos dois mandatos anteriores, fará pior! Sobre isto, recomendamos a leitura do artigo: “Nesta campanha eleitoral, o PSOL,dispondo de um candidato que já governou para a burguesia, torna-se a opçãopreferencial para assumir o governo dos ricos contra a classe trabalhadora deBelém” no especial “Eleições 2012, rito de passagem do PSOL e PSTU”.

PT: PARTIDO OPERÁRIO, OPERÁRIO-BURGUÊS OU BURGUÊS COM INFLUÊNCIA DE MASSAS?

O caráter de classe do PT
e a tarefa dos revolucionários

Para construir um partido revolucionário dos trabalhadores no Brasil é preciso conquistar a consciência pelo menos dos setores mais avançados da classe trabalhadora para o trotskismo, o marxismo de nosso tempo. Todavia, hoje a vanguarda da classe, refletindo as grandes massas da população explorada, segue o PT.

Nestas eleições municipais, tivemos a oportunidade de fazer uma pesquisa de intenção de voto por partidos em duas fábricas metalúrgicas paulistanas. Obtivemos o seguinte resultado na fábrica A: 70% operários dizem que votarão no PT; 20% partido burguês da base governista (no caso, o PSB), que embora seja base aliada do governo federal, é adversário do PT na cidade e 10% de votos nulos. Na fábrica B: 40% dos votos no PT, 30% indecisos, 20% no PSB e 10% nulos. Apesar de ser um universo pequeno, até previsível e restrito ao momento eleitoral, confiamos infinitamente mais nele do que em todos os venais institutos de pesquisas burgueses (Ibope, Datafolha, Gallup, Sensus, etc.). A pesquisa realizada junto às duas fábricas não quer dizer de modo algum que o PT vai vencer as eleições, ganhe quem ganhe perderão os trabalhadores e ganharão os banqueiros, o que nos importa nesta pesquisa é que ela serve de termômetro entre os trabalhadores e comprova que o principal obstáculo para o avanço da consciência do proletariado reside nas ilusões que o mesmo mantém no PT.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O BOLCHEVIQUE # 12 - CAPA E SUMÁRIO

Sumário Interativo

CARTA AO LEITOR

ESPECIAL - ELEIÇÕES 2012, RITO DE PASSAGEM DO PSOL E PSTU




TEORIA MARXISTA

PT: PARTIDO OPERÁRIO, OPERÁRIO-BURGUÊS OU BURGUÊS?

TEORIA MARXISTA

A questão da análise do caráter de classe dos partidos como pré-requisito para uma política revolucionária em relação aos mesmos

A falsificação realizada pelo PSTU acerca do caráter de classe do PCdoB, provocou um debate importante no seio da vanguarda militante. Para Trotsky, definir o caráter de classe de um Estado, governo ou partido é um pré-requisito fundamental para estabelecer uma política marxista correta em relação ao mesmo. A Liga Comunista busca elaborar um programa científico para a revolução socialista e para isto trata de superar os erros que ela mesma assim como quase todas as organizações cometem acerca do caráter de classe dos partidos.

Desde o Manifesto Comunista, trataram de estabelecer fielmente a posição dos comunistas em relação aos vários partidos políticos de oposição e em relação às correntes que se reivindicam socialistas. Ainda que a orientação política conjuntural em relação àqueles partidos, estabelecida em um momento pré-imperialista da luta de classes, esteja superada há mais de um século, reivindicamos a força do método de Marx e Engels que partiam sempre do caráter de classe de cada agrupamento para se posicionar diante do mesmo. Por isso, recomendamos a leitura dos links no final deste texto como parte aprimorada desta elaboração.

ELEIÇÕES 2012, RITO DE PASSAGEM DO PSOL E PSTU 3/3


A coligação “da esquerda revolucionária” do PCO e PCB reivindica “políticas públicas” burguesas e os apêndices de esquerda do PSTU acompanham-no em seu giro oportunista

 

Vasconcelos Pinheiro, candidato a prefeito da frente PCB-PCO
O giro oportunista do PSTU, em uma coligação patrocinada pela burguesia e em unidade com o governo Dilma via PCdoB, confunde uma série de organizações que o criticam e atuam como seus satélites na vanguarda militante.

Primeiramente precisamos estabelecer como critério que embora as eleições deste ano sejam municipais, a orientação política que cumprem estes partidos é dada por suas direções nacionais. O que ocorre neste momento em Belém não é um “deslize regional do PSTU lá pelas bandas do Norte”. A política que o PSOL ou o PSTU estabelecem para Belém, Natal ou São Paulo corresponde ao usufruto do potencial que a política nacional destes partidos pode ter em nível regional. A política oportunista do PSTU em Belém antecipa uma política geral deste partido se forem dadas as mesmas possibilidades de eleger seus candidatos nas eleições burguesas em qualquer outra cidade.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

ELEIÇÕES 2012, RITO DE PASSAGEM DO PSOL E PSTU 2/3

Elegendo ou não seu vereador, o PSTU aderiu ao vale tudo do cretinismo eleitoral, consolidando no partido as tendências reformistas sobre as centristas

 

Jorge Panzera (ex-presidente nacional da UJS,
ex-Secretário de Esportes do Pará e atual dirigente do
PCdoB), vice de Edmilson (PSOL)
aos quais se abraça Cleber Rabêlo (PSTU)
O PSTU é sucessor de uma organização que nasceu na década de 1970 com um programa centrista, ou seja, revolucionário de palavras e reformista nos atos. A Liga Operária, grupo precursor da Convergência Socialista (CS) em 1978, volta do exílio com a missão de adaptar para a conjuntura brasileira uma orientação morenista de fundar um “partido centrista de esquerda legal” *. A CS converte-se em tendência interna do PT. É expulsa dele em 1992 e sob o impacto da restauração capitalista na URSS e no Leste Europeu – apoiada pela LIT – funda o PSTU, um partido de “esquerda legal” onde as tendências reformistas predominam sobre as centristas. Mas, toda esta trajetória política que inescrupulosamente vem de forma acelerada girando à direita a partir do declínio do projeto sindical da Conlutas no Conclat de 2010, dá um salto de qualidade nestas eleições municipais em Belém.

Além de todos os motivos elencados na primeira das 5 partes deste especial (LC: “Nestacampanha eleitoral, o PSOL, dispondo de um candidato que já governou para aburguesia, torna-se a opção preferencial para assumir o governo dos ricoscontra a classe trabalhadora de Belém”) sobre o porquê de denunciar a candidatura Edmilson Rodrigues como a candidatura preferida do capital, também são válidos os argumentos do PSTU em 2008 para rechaçar uma frente eleitoral que tivesse Edmilson Rodrigues à cabeça:

“O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) divulgou ontem suas diretrizes e forma de atuação nas eleições deste ano. Três propostas centrais serão usadas como base da legenda, entre elas a exigência de que o ex-prefeito de Belém Edmilson Rodrigues não seja o candidato e que nenhuma coligação com partidos 'burgueses' seja feita. O PSTU quer ampliar sua participação no pleito e garantir pelo menos o vice na chapa que vier a ser formada,... Edmilson não será aceito, diz o PSTU, porque sua gestão de oito anos na Prefeitura de Belém não olhou pelas 'reais necessidades dos trabalhadores'. Os membros da legenda dizem ainda que não concordam com a forma com que o governo do ex-petista se relacionou com os movimentos sociais. Também desaprovam o programa que ele utilizou como plataforma política, baseado em 'políticas sociais compensatórias'.” (PSTU não aceita Edmilson como candidato, Edição de 17/06/2008).

terça-feira, 2 de outubro de 2012

ELEIÇÕES 2012, RITO DE PASSAGEM DO PSOL E PSTU 1/3


Nesta campanha eleitoral, o PSOL, dispondo de um candidato que já governou para a burguesia, torna-se a opção preferencial para assumir o governo dos ricos contra a classe trabalhadora de Belém

 

O PSOL nasceu em 2005 como um partido pequeno-burguês, uma legenda dirigida por  parlamentares que saíram do PT no primeiro governo Lula. Até hoje, em âmbito federal, o partido nunca possuiu mais do que uma ativa influência parlamentar marginal. Se Edmilson Rodrigues for eleito, o PSOL assumirá pela primeira vez a responsabilidade de governar o Executivo burguês.

O PSOL, conta com a vantagem de ter como candidato um político profissional previamente testado como administrador dos negócios da burguesia. Edmilson governou Belém de 1997 a 2005 e já executou na prefeitura da capital paraense o que candidato do PSOL carioca, Marcelo Freixo*, assegura apenas de palavras para a burguesia: reprimir os trabalhadores municipais que realizarem greves. Mas não só isto: Edmilson recusou-se a conceder qualquer aumento real de salários aos servidores e sucateou postos de saúde para pagar religiosamente a dívida pública junto à União e concedeu isenções fiscais aos grandes empresários. Assim como o PT, substituiu as políticas de reformas universais do capitalismo por “políticas sociais compensatórias” paliativas e assistencialistas.